Analisando nossa personalidade << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 08/02/2008

Particularidades extravasam de cada alma.
Tendências nos situam a cada passada da vivência terrena.
Temperamentos se distendem nas controvérsias da vida e nas ligações em termos únicos de relacionamentos.
Dificuldades brotam nas sequências morais, intelectuais e humanas, habilitando a nossa casa mental, nosso físico e o emocional, a nos ofertarem as possibilidades de aprendizado, labuta e crescimento, por muitas vezes, incorporando-se às necessidades vivenciais a curar as chagas em que nos trazemos.
Prêmios e consolações nos abraçam após etapas de lutas e sacrifícios, grandes edemas e labutas, a nos mostrarem os reflexos de nosso proceder, num determinismo das leis universais de causa e efeito.
Ações e reações nos despertam ou nos entorpecem de acordo com a nossa percepção e aceitação, desempenhando papéis de adestramentos e, por vezes sendo resultado de delírios, culpas, remorsos ou mesmo entendimento e formosura do Espírito, já em alinhamentos mais amplos e necessários.
Intemperanças e desafetos nos acolhem em dias e noites, numa grande demonstração de que, com a proximidade da matéria densa se distendem as rigorosas posturas prensadas em nossa alma, visando, nesta exteriorização e convivências com as almas irmãs, grandes exposições a que possamos refletir mais e tentar alinhar nosso Espírito, ainda rebelde e de difícil entendimento que se façam.
Rasgos físicos nos acolhem do berço ao túmulo num despertar a nós mesmos e buscando as corrigendas e remédios a aliviar as falcatruas delineadas ou abraçadas no pretérito destemperado.
Virtudes e sentimentos já em visualizações e apreciações mais profundas nos exemplificam e se dilatam, a nos possibilitarem maiores regenerações ou até mesmo apoio e auxílio às almas prestes a, também, se alinharem nas fileiras do bem e das verdades.
Patrocínios físicos, materiais e emocionais nos acolhem quando, após trabalhos árduos no passado, retornamos a nos alistar como mensageiros do Messias, determinando situações e merecimentos, outorgados a nós mesmos em etapas vividas e acionadas a nos possibilitarem amplos aprimoramentos.
Oposições e rebeldias nos sacodem a fazerem alusões a Espíritos impositivos, alienados e rebeldes, dando às almas a grande oportunidade do despertar, que por muitas vezes se torna rude e difícil, pela própria postura do ser que se manifesta no corpo de carne.
Analisando nossa personalidade e partindo para o encontro do Espírito com a alma na postura de momento, iremos nos defrontar com um grande baú de surpresas, boas ou não, difíceis ou fáceis, retalhadas em suas vestimentas ou já sem o môfo e bolor do esquecimento das leis divinas no percurso dos séculos.
Analisar uma personalidade será trabalho para uma vida inteira e, mesmo assim, nesta longínqua possibilidade de que o próprio Espírito assim o queira fazer, pedaços e retalhos de nós mesmos poderão continuar camuflados por medo, revolta, incipiência, negativas ou orgulho.
Vemos o mundo como queremos e damos a ele o que nos apraz e o que não nos fará falta, não é assim? Seremos com isto egoístas? Seremos ludibriadores ou apenas incipientes e ignorantes em nossas condições mínimas de percepções, diante da realidade da vida, por acharmos que o mundo é triste e impuro para a nossa realeza, sabedoria ou brilhante personalidade?
Tudo isto passa por nossa mente quando olhamos para nós e, na altura de devaneios vaidosos e, ao mesmo tempo obscuras percepções e sentimentos, pensamos que somos as melhores criaturas gritando verdades e posicionamentos a seres errados e incultos.
Diante de nós mesmos, a luz de nosso direcionamento mental nos aponta estradas unilateralistas, prontas a atitudes egocêntricas, mesclando-se no abuso da materialidade a compor melhor nosso ser, nosso lar e nosso físico, não?
Porém, quão falsas são estas percepções, que ainda pequenas e em treinamentos profundos se aglutinam em prol de angariamentos individuais ou em coletividade de atuações não definidas ou direcionadas a estradas tumultuadas e ariscas!
A alvura de uma personalidade se manifestará ao se posicionar o Espírito na humilde postura de filho de Deus, crente na grande Sabedoria universal, nas possibilidades a serem agradecidas pela amplitude e generosidade das diversas vidas, na beleza a ser refletida pela ampla compreensão e num grande movimento íntimo de amor universal, desprendimento e crença Naquele que nos criou e que nos oferta o buril, a esculpirmos, neste bloco bruto de energias e matéria, uma obra de textura mais fina e aperfeiçoada, com um conteúdo pleno e abundante de essência mais pura do Universo.
Diante disto, meus irmãos, iniciemos a análise de nossa personalidade, porém cientes de que não encontraremos ainda as farturas, as vestimentas, os perfumes, os espelhos limpos a nos refletirem em plenitudes de desprendimento, amor, verdades e beleza, pois a Terra em sua própria personalidade de planeta de quinta grandeza, também, caminhante no Cosmo, ainda desponta em nebulosas a buscar posicionamentos melhores na composição cármica universal.
Deveras interessante será abrirmos os baús em que se escondem as personalidades de pretérito e vistoriar estas personalidades em suas posturas atuais. Não será preciso saber quem fomos ou o que fizemos, especificamente, mas sim, observarmos o que desponta, hoje, aquilo que está aparecendo entre as brechas do “madeirame” e, os “odores” que são lançados quando resolvemos mexer no espaço fechado da nossa mente.
Pergunto a vocês: _Vamos tentar mexer no báu do tempo ou melhor, no que vocês permitiram que se alastrasse na personalidade atual, para que uma limpeza e higienização pudesse ser feita neste percurso vivencial?
Será que irão querer modelar e remodelar as vestimentas do passado, desatrelar os cavalos das bigas e deixá-los livres e fora dos torneios de sacrifícios e massacres; será que os lampejos de autoritarismo e das vaidades dos chefes de estado ou dos templos de fé serão apagados e abrandados; será que as formosuras intemperadas ou os caldeirões bruxuleantes irão se permitir serem apagados para que surjam as verdades claras e límpidas, como as que Jesus nos exemplificou, sem misticismos ou falsas mensagens; será que as loucuras e manifestações de fé e religiosidade irão passar pela peneira da humildade a nos dizermos infantes e filhos de Deus, a arregimentar as orientações trazidas pelos verdadeiros mensageiros de Jesus e não por imposição de falsas verdades a servirem de apoio a orgulhos e ambições destemperadas; será que estaremos dispostos a reconstruir o que foi destruído no passado, numa extrema valorização de nós mesmos e de glórias efêmeras, que nos acolheram em plena vaidade e aprazimento a nossa personalidade de época: será que as angústias do passado por sofrimentos e revoltas aceitarão o perdão e a boa vontade das almas irmãs a tentarem-se em melhores manifestações a sanarem os erros do passado num acompanhamento mais humano e solícito?
Apontando apenas algumas destas possibilidades de disposições temperamentais e sensoriais a serem manuseadas, iremos abrir, lentamente, o baú do tempo e olhar por entre as frestas das emoções, das atitudes, dos pensamentos e dos físicos o que se encontra escondido e aquilo que foi proposto a sair das temperaturas quentes mas, fermentosas dos desequilíbrios e, aceitar a leveza dos ares da concórdia, do alento no bem e no amor.
Determinaremos o grau do ângulo a ser aberto diante de nós mesmos, a podermos penetrar na casa mental do ser que se emoldura neste corpo de carne, mas que ainda se vê no espelho embaçado do orgulho, do enclausuramento, da grande e obsessiva vaidade ou mesmo aquele que já está tentando limpar o espelho para se ver melhor, buscando uma visão mais nítida de si mesmo a ilustrar-se a irmãos de caminhada.
Henrique Karroiz
Mensagem psicografada por Angela Coutinho, em 08/02/08, Petrópolis, RJ.