A Autêntica Fé << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 14/03/2019
mensagem: A Autêntica Fé
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Diante das imensas necessidades de cada um, diante das nossas lacunas e das muitas pretensões, muitas vezes, além do que nos é permitido e do que nós mesmos conseguimos alastrar na vivência deste planeta ainda muito árido e materialista, as urgências surgem, os pedidos se aglomeram por todos os lados. As criaturas buscam em seguimentos da fé uma orientação, uma luz e um conforto. As orientações buscadas em tentativas nem sempre lúcidas e, digamos, raciocinadas, nos colocam, muitas vezes, diante de panoramas diversos àqueles que a nossa fé e a nossa concepção moral se estabelecem.

Muitos irmãos estão ainda à deriva, em busca de alguma coisa em que se basear como ser divino e cristão.

Pergunto: será que as criaturas, hoje, se estão relacionando bem com a sua própria fé ou com a pretensão de uma fé mais firme e real?

Será que a humanidade, na altura do seu atual intelectualismo e da atual abertura científica, nos moldes da vida moderna, está buscando uma direção certa?

A humanidade ainda precisa de um Pastor, ainda precisa da palavra de Jesus, do Espírito elevado que se chegou a nós de forma carnal e que nos trouxe os códigos do amor e de caridade. O homem, meus irmãos, está precisando somente destes códigos, nada mais. Não precisa de artefatos ou artifícios em qualquer segmento religioso e, infelizmente, estão todos muito condicionados a uma busca material cada vez mais intensa. Emergem e submergem nesta materialidade, estonteando-se e colocando como objetivo único de suas vidas a obtenção de materialidades em excesso.

Dia a dia, o homem naufraga dentro de sua própria busca, da sua vaidade e da imensurável ganância. Vemos, irmãos, a luta travada dentro de cada criatura, na obtenção de quesitos, o que é natural, que complementem uma vivência mais tranquila e abastada. Entretanto, dentro desta busca e de um "frenesi" material, o homem se perde. A criatura que, muitas vezes, tem vontade de seguir um caminho mais simples, uma vida mais amena, tem vontade de andar com seus pés na relva, de apreciar a natureza, o sol, os astros e os pássaros; tem vontade de ter tempo para buscar nas criaturas que a rodeiam coisas mais simples, mais pessoais; tem vontade de travar diálogos mais amigos; perder um tempo, sim, perder um tempo em conversar, em ajudar, em dedicar uma palavra mais fraterna às tantas almas que a rodeiam.

Amigos, isto nunca será uma perda de tempo, será viver em comunhão de sentimentos, de ideais, de potenciais e essências divinas dos quais somos ornados.

Meus irmãos, a fé está aliada à nossa vivência diária. Não precisamos buscar refúgios em templos tão perfeitos, pois a fé tem de ser traduzida em palavras, em atos, em expressões simples, amigas e cordiais. Esta é a fé vivenciada e trazida a esta esfera por nosso Mestre Jesus.

Ele soube colocar, objetivamente, este código de vida, de amor, de caridade e de compreensão entre vocês. Muitos de nós se encontram num ambiente familiar, de trabalho ou religioso em encontros antigos, amigos ou não, planejados há muitos anos. Estes encontros são atrações, são afinidades espirituais e objetivos cármicos a serem atingidos. Estas afinidades se eternizam e cada vez mais buscam os paralelismos de ideias, os objetivos no caminhar.

Amigos, a fé que Jesus colocou em mandamentos, em mensagens de amor, é a fé dialogada, a fé comunicada, trazida a uma ajuda presente, leal e verdadeira.

Busquemos estes momentos. Não pensemos que estamos perdendo tempo ao nos dedicarmos a um irmão que precisa de um diálogo amigo, pois quantas vezes uma palavra amiga revolve uma estrutura espiritual e afasta ideias negativas. Procuremos, irmãos, dentro de nossas possibilidades íntimas, espirituais e físicas, de tempo e de espaço, exercitar esta fé, esta mensagem dialogada que Jesus nos trouxe em forma de convivências amigas e, acima de tudo, sinceras e justas, de irmão para irmão.

Henrique Karroiz

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