Sentimentos Nocivos << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 18/07/2019
Temos dialogado sobre sentimentos nobres como o amor e a amizade, mas podemos enfocar o oposto: a raiva, a ira e a revolta, sentimentos estes, vibrações estas que se insubordinam às aspirações divinas. Afinal, nós não viemos para dilatá-los e sim para apagá-los e enaltecer, diante de nós mesmos e defronte a convivências irmãs, os maiores e mais elevados sentimentos e virtudes, não?
Em todos os momentos, no nosso trabalho diário em tarefas objetivadas, conseguimos, muitas vezes, acumular uma multiplicidade de sentimentos. Não existe uma criatura que, durante um dia inteiro, não se sinta enraivecida ou revoltada, insatisfeita e contrariada, não é verdade?
Mesmo que já tenhamos o controle regular das vicissitudes de nossa vida, dificuldades físicas, materiais, espirituais, sensoriais ou emocionais, sentimos que o nosso organismo fisiológico e emocional baqueiam, nos trazendo sob desavenças íntimas e momentos que nos escapam de sentimentos inferiores e negativos.
Desta maneira, por várias vezes, difícil se torna reorganizar o nosso equilíbrio íntimo, educando os nossos pensamentos e propósitos de vida. Por isso, dentro destes quadros de dificuldades normais das criaturas terrenas, próprias ao seu estágio evolutivo, precisamos estar atentos e diferençá-los, tentando trabalhar nossos pensamentos e as energias que distendemos em direção aos irmãos que convivem conosco.
Sabemos, meus irmãos, que, quando colocamos à nossa frente sentimentos impuros de ciúmes, invejas, orgulhos ou revoltas, sentimos que eles penetram em nós, sendo difícil removê-los de nosso íntimo; percebemos a má qualidade das vibrações que nos tocam, tentamos arrancá-las de nós, porém, quase sempre fica aquela poeira, resquícios de maldade, de negatividade e de puerilidade também.
A raiva, a ira, a revolta, a negatividade, o orgulho, a inveja ou o ciúme, todos esses sentimentos se infiltram em nós quase sem que percebamos. Será preciso muita vigilância, disciplina e tenacidade; será preciso buscarmos um foco maior de luz, de mensagens divinas, para que consigamos ultrapassar esta mesquinhez da matéria que nos atinge, que nos envolve e que nos destrói.
Estas vibrações, sejam elas vindas de Espíritos encarnados ou desencarnados, se projetam em nosso organismo, se infiltram como um mar de micróbios, de véus, de lesões às nossas células, à nossa mente e ao nosso cérebro. Elas fervilham em nossa corrente sanguínea, perpetuam-se em nossos músculos, nos centros de energias, contribuindo grandemente, para o nosso desequilíbrio.
A inveja predomina no mundo terreno. Por mínimas coisas invejamos um irmão. Embora não consigamos penetrar em maior profundidade dentro das vidas que contemplamos, sempre trazemos a inveja à frente; invejamos a materialidade arrebanhada, as manifestações de amor, as contaminantes alegrias, os espaços conquistados, etc.
Mas o que fazer? A disciplina, o amor, o respeito, o descortino maior, a busca às mensagens do Cristo e toda beleza que nos deixou com Suas palavras amigas e encorajadoras, trazendo esperança e luz àqueles que querem ter uma alma simples, pura e verdadeira.
Meus irmãos, o Evangelho nos abastecerá sempre e somente ele, no exercício pleno e diário, nos fará lançar mão de qualidades e virtudes almejadas por Espíritos superiores.
Henrique Karroiz